'Entrevista com grafiteiros Lucas Torres e Hypper.'


__No dia 12 de outubro de 2011, as alunas Sarah Paranhos e Poliana Nunes participaram de um evento chamado “Festival Zimundo”. Onde se encontravam dois dos melhores grafiteiros de Belo Horizonte, Lucas Torres e Hypper, ao qual fizeram entrevistas sobre suas trajetórias do início de suas vidas como grafiteiros até os dias de hoje.

- Entrevista com Lucas Torres

O grafiteiro Lucas Torres iniciou em 2004, assim que chegou da Cidade de Três Pontas, achando que o grafite seria uma boa forma de expressão, “Aparecer e fazer parte da cidade”, diz ele.
Também nos revela que o grafite não tem hora pra ser feito, podendo ser sozinho ou em “rolé” com a turma. Disse que já foi pago por suas artes e hoje em dia vive muito desse trabalho, já fez fachadas de lojas e todo o tipo de trabalho que envolve pintura.
Na pergunta em que fizemos sobre mulheres no meio do grafite, ele respondeu que em seu “crew” há somente homens e eles se identificam com o nome de: Eternos de BH. Mas, em outros grupos há também mulheres. Lucas diz que as pessoas de Belo Horizonte valorizam seus trabalhos e estão sempre elogiando, dando sempre apoio a ele. Informa também, que irá grafitar por tempo indeterminado.
Sua arte possui um estilo diversificado, seus grafites são inspirados em objetos, personagens e animais. Por seu incrível talento, Torres ganhou em uma votação no Facebook uma viagem para grafitar na Califórnia (EUA), por produzir uma “logo” para a famosa marca de roupas MCD.
Na opinião de Lucas, o grafite não sofre muito preconceito. Mas, o preconceito é gerado pela arte e finalidade que o grafiteiro tem a passar em seu trabalho, afirmando também, que grafite não é pichação, como muitas pessoas dizem. Lucas nos diz que a diferença entre o grafite e a pichação é bem simples. Podendo se dizer que os pichadores querem apenas disputar entre si e demarcar território, dizendo que quem picha mais alto melhor é. Já os grafiteiros através do dom da arte em que possuem querem expressar suas opiniões, sem disputar, agredir ou desrespeitar qualquer membro de sua sociedade.
Lucas Torres- Evento Zimundo (12 de outubro de 2011)
- Entrevista com Hypper
O grafiteiro Hypper iniciou o seu trabalho em 1997. Diz que desde criança desenhava na parede de casa com seus lápis e que assim começou o seu interesse pela arte, conhecendo pessoas com esse mesmo gosto e iniciando o seu trabalho.
Antigamente de acordo com o mesmo, os grafiteiros sofriam preconceito por que as pessoas achavam que a maneira em que eles expressavam sua arte em certas figuras era imprópria para aquela sociedade, e mesmo que as pessoas tivessem a mesma opinião que a expressada na arte elas não queriam que esta estivesse ali nos muros de sua cidade. Muitas pessoas por não gostarem chamavam a polícia para interromper o seu trabalho, mas hoje, as pessoas que tinham o preconceito já possuem a “mente aberta” e mudaram suas opiniões sobre essa arte.
Hypper diz que seu estilo de grafite é único, inspirando nas culturas indígenas e criando sua própria arte.
Hypper- Evento Zimundo (12 de outubro de 2011)

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